Debate

Pelotas recebe seminário sobre envelhecimento

Evento contou com palestrantes do Chile e do Uruguai nesta sexta-feira

Foto: Italo Santos - Especial - DP - Zulma Sosa, representante da Cepal da ONU, esteve na cidade

O Centro de Integração do Mercosul, da UFPel, recebeu na sexta-feira (20) o Seminário Internacional Envelhecer no Mercosul. A atividade, que integra o Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, recebeu painelistas do Chile e do Uruguai para compartilhar experiências sobre o cuidado e a atenção aos idosos, diante de um cenário global de envelhecimento da população.

 
Segundo dados do IBGE, a população brasileira está envelhecendo e, nos últimos dez anos, o percentual de pessoas com mais de 60 anos passou de 11,3% para 14,7%. Se mantiver o mesmo ritmo de envelhecimento populacional, em 2031 o percentual de idosos deve superar o de crianças no Brasil. Esse envelhecimento impõe desafios que precisam começar a ser pensados desde já, e incluem a infraestrutura das cidades, o acesso ao mercado de trabalho, previdência, ferramentas de proteção social, cuidado e saúde.

 
A programação do seminário contou com palestras de Zulma Sosa, coordenadora da área de população e desenvolvimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) das Nações Unidas (ONU), e de Nicolas Scarela, secretário nacional de atenção e deficiência do Ministério do Desenvolvimento Social do Uruguai.
Zulma Sosa aponta que os países latinos e caribenhos estão vivendo o envelhecimento de suas populações e compartilham uma realidade parecida. “Há demandas muito específicas da população envelhecida. Isso não deve ser olhado como um desafio, e sim como oportunidades”, diz.

 
Para ela, um dos principais desafios é o acesso à assistência social, já que grande parte das pessoas chega à aposentadoria sem estabilidade financeira e sem uma estrutura familiar que as dê suporte. “Os governos também precisam começar a ver a forma de oferecer serviços de atenção e cuidados à longo prazo”, afirma. “As famílias reduziram e os potenciais cuidadores que haviam no passado já não existem, além de que esses cuidados sobrecarregam especialmente as mulheres”.

 
O presidente do Conselho Municipal do Idoso, Lélio Falcão, celebrou a oportunidade de a cidade receber o evento. “Pelotas está dando uma grande contribuição ao estado e ao País ao trazermos autoridades da ONU e do Uruguai, que é um exemplo de envelhecimento, para debater como eles estão trabalhando”, diz. “Em Pelotas já são quase 72 mil pessoas idosas, não dá para pensar que essas pessoas já deram o que tinham que dar”, afirma, pontuando a necessidade de planejar a cidade pensando na pessoa idosa.

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